domingo, 12 de junho de 2011

Post pro Dia dos Namorados

E é Dia dos Namorados, ou Dia do Chocolate em Forma de Coração. Mas que seja, tem gente comemorando. E para esse dia em que todos decidem ser românticos, lembrei que tem um conto sobre uma figura clássica de origem na mitologia grega que ajuda a distribuir o amor (é dica suficiente, não?), e no livro com "Os Contos de Fadas Completos de Hans Christian Andersen" acontece de ter um conto sobre tal figurinha. Um conto de duas páginas e mais difícil de traduzir do que eu imaginava. Agradecimentos especiais com abraços e chocolates para a Alessandra, ou Leka, ou Ale, ou Lê, ou Sandra, etc... que me ajudou a traduzir o primeiro parágrafo e betou o conto para mim.

E não, o conto não é sobre um pedófilo (ou, depois com o menino levado, um stalker). Acontece que em 1835 se podia escrever histórias assim sem que as pessoas começassem a gritar "pelo amor de deus, salvem aquele menino!".

Vamos ao conto então. (E tem imagem!)

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O Garoto Levado



Era uma vez um velho poeta – um velho poeta bondoso. O sol baixava e ele estava sentado em sua casa, enquanto lá fora uma tempestade tenebrosa caía. A chuva seguia seu curso: porém o velho poeta sentava confortavelmente perto de sua fornalha, onde o fogo queimava e as maçãs assadas assobiavam.
- Não haverá um único fio seco nas roupas das pobres pessoas que estão fora neste tempo! – Disse ele, pois ele era um bom velho poeta.
- Oh! Abra a porta! Eu estou com frio e molhado! – Disse uma criança pequena lá fora; a criança chorou e bateu na porta enquanto a chuva caía e o vento fazia as folhas da janela chacoalharem.
- Pobre criatura! – Falou o poeta e foi abrir a porta. Lá estava um garotinho; ele estava nu e a água escorria de seus longos e louros cachos. Ele tremia de frio e, se o poeta não o tivesse deixado entrar, certamente morreria no mau tempo.
- Pobre criatura! – Disse o poeta e puxou-o pela mão – Venha comigo, eu vou aquecê-lo. Você ganhará vinho e uma maçã, pois você é um menino bonito.
E ele o era. Seus olhos cintilavam como duas estrelas brilhantes e, apesar da água que escorria de seus louros cachos, eles caíam em belos anéis. Ele parecia um pequeno anjinho, mas estava branco de frio e tremia dos pés à cabeça. Ele carregava um arco adorável, mas este aparecia um tanto estragado por causa da água, todas as cores nas lindas flechas estavam esmaecidas e misturadas pela chuva.
O velho poeta sentou-se perto da fornalha, pegou o menino e colocou-o no seu colo, secou a água dos longos cachos, aqueceu suas mãos nas suas próprias e esquentou vinho doce para ele. Então o garoto se recuperou, suas bochechas ficaram vermelhas e ele pulou no chão, dançando em volta do velho poeta.
- Você é um garoto alegre. – Disse o velho poeta. – Qual é seu nome?
- Meu nome é Cupido. – Ele respondeu. – Você não me conhece? Ali está meu arco – eu atiro flechas com ele, pode acreditar em mim! Olhe, agora o tempo lá fora está clareando e o brilho da lua apareceu.
- Mas seu arco está estragado. – Falou o velho poeta.
- Isso seria uma pena. – Respondeu o garotinho; ele pegou o arco e olhou para ele. – Oh, já está bastante seco e não está danificado. A corda está bem firme, vou testá-la!
Então ele curvou o arco, colocou uma flecha nele, mirou e atirou no poeta bom e velho direto no coração.
- Vê agora como meu arco não está estragado? – Disse ele, então riu bem alto e fugiu.
Ora, que garoto levado, atirando no velho poeta desta forma, ele que o havia deixado entrar na sala quente e fora tão gentil dando-o o melhor vinho e a melhor maçã!
O bom poeta caiu ao chão e chorou; ele realmente levara um tiro direto no coração.
- Maldito! – Ele exclamou. – Que garoto levado é esse Cupido! Eu contarei o que ele me fez a todas as boas crianças! Assim elas poderão tomar cuidado e nunca brincar com ele, pois ele as fará mal!
Todas as crianças boas, meninos e meninas, para quem ele contou isso ficaram atentas a este Cupido levado; ainda assim ele as enganava, pois ele era muito astuto. Quando os estudantes saiam de suas aulas ele corria ao lado deles com um livro embaixo do braço, usando um casaco preto. Os estudantes não conseguiam reconhecê-lo de forma alguma. Eles então o tomavam pelo braço e pensavam que ele era um estudante também, mas ele aproveitava e enfiava uma flecha nos seus peitos. Quando as garotas eram preparadas para a crisma ele também estava atrás delas. Sim, ele está sempre seguindo as pessoas! Ele senta no grande candelabro do teatro e brilha forte para que as pessoas pensem que ele é uma lâmpada, mas depois elas percebem seu erro. Ele corre pelo jardim do palácio e pelos passeios. Sim, uma vez ele atirou no seu pai e na sua mãe direto no coração! Pergunte a eles e você ouvirá o que eles têm a dizer. Oh, ele é um garoto mau, esse Cupido; você não deve ter nada a ver com ele. Ele está atrás de todos. Vede, uma vez ele atirou na velha vovó; mas isso foi muito tempo atrás. A ferida já cicatrizou há muitos anos, mas ela jamais esquecerá. Maldito seja aquele Cupido malvado! Mas agora você o conhece, e sabe como ele é um garoto levado.

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Moral da história: o amor é algo terrível? cuidado com o Cupido? oh oh, Cupido, vá longe de mim? (boa música pra ouvir junto, "Estúpido Cupido") ou será que ele tentou algo com humor? Ah, sei lá, esses dinamarqueses de 1800 e tantos. Mas a história é bonitinha, não é minha preferida do livro, mas bonitinha.

sábado, 4 de junho de 2011

O Elfo da Rosa - Final

Última parte do conto! Contém mortes e abelhas.

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Todas as manhãs ele voou até a janela da pobre garota e ela estava sempre a chorar perto do vaso. As lágrimas amargas caíam sobre o ramo de jasmim e, a cada dia, enquanto a garota ficava mais e mais pálida, a muda permanecia mais fresca e mais verde e um ramo após o outro brotava, pequenos botões brancos irrompiam e estes ela beijava. Mas o irmão mau a repreendeu e perguntou se ela enlouquecera. Ele não podia suportar essa atitude e não podia imaginar o motivo de ela estar sempre chorando sobre o vaso. Ele não sabia dos olhos fechados que ali estavam e dos lábios vermelhos que desapareciam na terra. Ela então curvou sua cabeça sobre o vaso e o pequeno Elfo da Rosa a encontrou repousando ali. Então ele sentou na sua orelha, contou da noite no bosque, da fragrância da rosa e do amor dos elfos. E ela sonhou um sonho maravilhoso e, enquanto ela sonhava, sua vida passou. Ela morrera uma morte calma e agora estava no céu com aquele que amava.
E o jasmim abriu suas grandes flores brancas. Elas cheiravam peculiarmente doces, elas não podiam chorar de outra forma por aquela que morrera.
Mas o irmão perverso viu a bela planta florescente e a colocou no seu quarto de dormir ao lado de sua cama, tomando-a para si como herança, pois era maravilhosa de olhar e sua fragrância era doce e refrescante. O pequeno Elfo da Rosa seguiu-o e foi de flor a flor – pois em cada uma havia uma pequena alma – e contou do homem assassinado cuja cabeça agora estava em baixo daquela terra e falou do irmão maligno e de sua pobre irmã.
- Nós sabemos! – Falou cada alma nas flores. - Não fomos nós que nascemos dos olhos e lábios do homem morto? Nós sabemos! Nós sabemos!
E elas assentiram de forma estranha com suas cabeças.
O Elfo da Rosa não podia entender como elas podiam estar tão calmas e voou para as abelhas que coletavam mel e contou para elas sobre o irmão perverso. E as abelhas contaram para sua Rainha e a Rainha ordenou que todas elas deveriam matar o assassino na manhã seguinte. Mas durante a noite – a primeira noite que se seguiu à morte de sua irmã – quando o irmão dormia em sua cama perto do cheiroso jasmim, cada flor se abriu e invisíveis, mas armadas com lanças envenenadas, as almas das flores saíram e colocaram-se na sua orelha e fizeram-no sonhar sonhos ruins, então voaram por seus lábios e espetaram sua língua com as lanças envenenadas.
- Agora nós vingamos o homem morto! – Elas falaram, e voaram de volta para as flores de jasmim.
Quando a manhã chegou e as janelas do quarto foram abertas, o Elfo da Rosa e a Abelha Rainha com todo seu enxame de abelhas apressaram-se para matar o homem.
Mas ele já estava morto. Pessoas estavam em volta de sua cama, e diziam “O cheiro do jasmim o matou!” Então o Elfo da Rosa entendeu a vingança das flores e contou para a Rainha e para as abelhas. A Rainha voou com todo o enxame em volta do vaso e as abelhas não podiam ser expulsas. Então um homem carregou para longe o vaso e uma das abelhas o picou na mão de forma que o vaso caiu e quebrou em pedaços.
Então eles viram a caveira branca e entenderam que o homem morto na cama era um assassino.
Então a Abelha Rainha sobrevoou o ar e cantou sobre a vingança das abelhas e sobre o Elfo da Rosa e disse que por trás da menor das folhas existe alguém que pode trazer a maldade à luz e retribuir o que foi feito.

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E fim! No final temos três mortes (quatro, se contar com a abelha que picou o cara que carregava o vaso) e uma lição de moral: não importa a maldade que for feita, alguém vai descobrir!

Vale notar que a última frase no original foi escrita assim: "...behind the smallest leaf there dwells One who can bring the evil to light, and repay it." O finalzinho ("and repay it") foi provavelmente o mais difícil de traduzir, mas o que chama a atenção é o "One", com letra maiúscula mesmo, o que pode indicar que esse alguém sera deus, uma idéia comum para um escritor com tantos contos de moral religiosa (o que indica a posição pessoal dele e também reflete a época, óbvio). Como não posso ter certeza se alguém é deus ou não, decidi colocar como um alguém genérico, de forma que faz parecer que qualquer um, por menos importante que seja, pode retribuir e trazer justiça.


Obs: não durma com jasmins no quarto.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Elfo da Rosa - Parte 2

Continuemos então com o conto. Já traduzi tudo, acho que posto essa parte hoje o final outro dia. O próximo conto já foi escolhido.

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Então apareceu outro homem: sombrio e malévolo; ele era o irmão mau da bela donzela. Ele sacou uma faca afiada e, enquanto o outro beijava a rosa, o homem mau o esfaqueou até a morte, então, cortando fora sua cabeça, enterrou ambos corpo e cabeça na terra fofa embaixo do limoeiro.
“Agora ele está esquecido e se foi!”, pensou o irmão perverso, “Ele jamais voltará! Ele deveria ter ido em uma longa jornada através de montanhas e mares. Qualquer um poderia perder facilmente sua vida e ele perdeu a sua. Ele não pode voltar, e minha irmã não ousaria  pedir notícias dele para mim.”
Então, usando os pés, ele arrastou as folhas secas sobre a terra solta e, na noite sombria, voltou para casa. Mas ele não fora sozinho como pensara, o pequeno elfo o acompanhava. O elfo sentou em uma folha seca e enrolada do limoeiro que caíra no cabelo do homem perverso enquanto ele cavava a cova. Ele colocara o chapéu sobre a folha. Dentro do chapéu estava muito escuro e o elfo tremia de medo e raiva quanto à maldade que vira.
O homem mau chegou em casa a hora da manhã; ele tirou seu chapéu e entrou no quarto da irmã. Lá descansava a jovem garota, sonhando com aquele que amava de coração, o qual ela acreditava estar indo através de montanhas e florestas. O irmão perverso curvou-se sobre ela e riu de forma medonha, como somente um ser maligno poderia rir. A folha seca caiu de seu cabelo e pousou na colcha, mas ele não notou e foi dormir. Mas o elfo deslizou para fora da folha seca, pôs-se ao lado da orelha da jovem que dormia e contou, como se fosse parte de um sonho, a história horrível do assassinato; ele descreveu o lugar onde seu irmão matara seu amante e enterrara seu corpo; também falou do limoeiro em flor que ficava perto e disse “Para que você não pense que o que eu lhe contei seja apenas um sonho, você encontrará na sua cama uma folha seca.”
E ela encontrou a folha quando acordou. Oh, que lágrimas amargas ela chorou! E ela não podia confessar a ninguém seu pesar. A janela permanecera aberta durante todo o dia: o pequeno elfo poderia facilmente sair para ir até as rosas e todas as outras flores no jardim, mas ele não podia encontrar em seu coração o desejo de abandonar a donzela atormentada. Havia na janela uma planta, uma roseira: ele sentou em uma das flores e olhou pela pobre menina. Seu irmão vinha de vez em quando ao quarto e, apesar do seu feito maligno, ele parecia sempre alegre, mas ela não ousava falar uma palavra do pesar que havia em seu coração.
Assim que chegou a noite ela escapou de casa, foi ao bosque, ao lugar onde crescia o limoeiro, removeu as folhas do chão, remexeu a terra e imediatamente achou aquele que fora assassinado. Oh, como ela chorou e rezou para que ela também pudesse morrer!
Ela teria levado o corpo para casa com prazer, mas isso ela não podia fazer. Então ela tomou da pálida cabeça com seus olhos fechados, beijou a boca fria e sacudiu a terra dos belos cabelos. “Ficarei com isso”, disse. E quando ela derrubou a terra em cima do corpo, levou para casa a cabeça e um ramo de jasmim que florira no bosque onde ele fora enterrado.
Assim que ela chegou em casa, buscou o maior vaso que conseguiu encontrar: neste ela colocou a cabeça do morto, espalhou terra por cima e então plantou o ramo de jasmim.
- Adeus, adeus... – Sussurrou o elfo: ele não podia mais suportar toda essa dor e, portanto, voou para sua rosa no jardim. Mas a rosa murchara, somente algumas pálidas pétalas sobravam no arbusto selvagem.
- Ai! Como tudo que é bom e belo se vai! – Suspirou o elfo.
Enfim ele encontrou outra rosa e esta se tornou sua casa; por trás de suas delicadas e cheirosas pétalas ele podia esconder-se e morar.

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E parte dois postada! Sério, beijar cabeças mortas é... Bizarro. Mas não é a primeira vez que eu vejo isso. Na próxima parte chegaremos ao fim do conto! E às flores assassinas.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Então, traduções.

Faz algum tempo eu comprei um maravilhoso livro de contos de fadas, é a obra completa de Hans Christian Andersen, o homem por trás de histórias como as do Patinho Feio, A Pequena Sereia, Sapatinhos Vermelhos e coisas do tipo.

São 168 contos (ainda não consegui ler todos, infelizmente) e, enquanto lia o índice (todas as cinco páginas de índice), descobri MUITOS contos que eu jamais ouvira sequer falar. Ao abrir um conto aleatório, The Rose-Elf, entendi a expressão "não se deve julgar um livro pela capa". O conto com esse título tão doce contém três mortes, uma delas causadas por um jasmim assassino (também tem abelhas assassinas, mas elas chegaram muito tarde).

Pois é. Um professor na faculdade comentou que uma forma de alguém um dia vir a ser um escritor, traduzir é um bom começo. Tenho ambições de ser uma escritora, então vou tentar traduzir alguma coisa desse livro. Vou começar pelo primeiro conto que eu li (e que eu não conhecia), o antes mencionado, O Elfo da Rosa.

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O Elfo da Rosa

No meio do jardim crescia uma roseira, a qual era completamente coberta de rosas, em uma delas, a mais bela de todas, morava um elfo. Ele era tão pequeno que nenhum olho humano conseguiria vê-lo. Atrás de cada folha da rosa ele tinha um quarto. O pequeno elfo era tão bem formado e bonito quanto qualquer criança poderia ser, e tinha asas que se estendiam dos seus ombros aos seus pés. Oh, a fragrância que havia em seus quartos! E como eram transparentes e brilhantes as paredes! Elas eram da cor do rosa pálido das pétalas da flor.
Durante todo o dia ele se deleitou no sol quente, voou de flor a flor, dançou nas asas da borboleta que voava e mediu quantos passos ele teria que dar para passar pelas ruas e cruzamentos marcados em uma única folha de um limoeiro. O que nós chamamos veias de uma folha eram para ele ruas e cruzamentos. Sim, essas eram longas ruas para ele! Antes que ele tivesse terminado sua jornada o sol se pôs, pois ele tinha começado o trabalho tarde demais!
Tornou-se muito frio, o orvalho caiu e o vento soprou: agora o melhor a fazer era voltar para casa. Ele apressou-se o quanto pôde, mas a rosa havia fechado e ele não podia mais entrar; nem uma única rosa permanecia aberta. O pobre pequeno elfo estava apavorado. Ele nunca estivera fora durante a noite antes, ele sempre dormira doce e confortavelmente atrás das mornas pétalas da rosa. Oh, certamente seria sua morte.
Do outro lado do jardim havia, sabia ele, uma pérgula de belas madressilvas. As flores eram como grandes chifres pintados, e ele desejava entrar em uma delas e dormir até o dia seguinte.
Para lá ele voou. Silêncio! Duas pessoas estavam na pérgula – um belo rapaz e uma jovem. Eles estavam sentados lado a lado e tudo que desejavam era que jamais se separassem. Eles amavam um ao outro mais do que um bom filho ama seu pai e sua mãe.
- Mesmo assim devemos nos separar! – Disse o rapaz. – Seu irmão é contra nossa união, portanto ele me envia para longe em uma viagem através de montanhas e mares. Adeus, minha doce noiva, pois doce és!
E eles beijaram um ao outro, e a jovem chorou, e para ele deu uma rosa. Mas, antes que ela o fizesse, ela imprimiu um beijo tão firme e próximo que a flor abriu. Então o pequeno voou dentro dela e apoiou sua cabeça contra as delicadas e cheirosas paredes. Porém, ele podia ouvir claramente eles falarem “Adeus, adeus” e ele sentiu que aquela rosa fora colocada de encontro ao coração do rapaz. Oh, como aquele coração batia! O pequeno elfo não pode dormir de tão forte a batida.
Mas a rosa não descansou imperturbada naquele peito por muito tempo. O homem a pegou e, enquanto ele ia sozinho pela floresta, ele a beijou tanto e de forma tão fervente que o pequeno elfo quase foi esmagado. Ele podia sentir através da pétala como os lábios do homem queimavam, e a própria rosa abriu, como se estivesse sob o sol mais quente do meio-dia.
Então apareceu outro homem: sombrio e malévolo...


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E por enquanto é isso! Contos de fadas são contos de fadas, eu tenho que fazer suspense de alguma forma, não? Até por que não traduzi muito mais que isso, perdi um bom tempo para descobrir o que é uma "linden leaf" ou a tradução ideal de "honeysuckle" (que eu achei melhor traduzir como "limoeiro" e "madressilva", nos meus dicionários não encontrei nenhum dos termos e o Google me indicou o nome científico).

Obs: errinhos aleatórios (digitação ou letras comidas) são culpa da minha desatenção, e serão arrumados assim que apontados x.x